No post sobre o Dia Mundial sem Tabaco , além dos alertas sobre o tabagismo, eu comento sobre os benefícios do exercício para aqueles que desejam parar de fumar. Contudo o indivíduo fumante pode ter desenvolvido uma doença degenerativa chamada de DPOC que segundo o ministério da saúde afeta 15 % da população, e em 95% das vezes a culpa é do cigarro. Neste caso o exercício passa a ser fundamental na qualidade de vida desse indivíduo, além de parar de fumar.
DPOC = Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é a “condição pulmonar crônica, caracterizada pela presença de tosse produtiva ou dispnéia ao esforço, geralmente progressiva, determinada na maioria das vezes pela exposição à fumaça do cigarro, ou eventualmente outras substâncias inaladas.”
Definição
- Limitação do fluxo aéreo
- Não totalmente reversível
- Progressiva
- Associada à resposta inflamatória pulmonar causada por substâncias tóxicas inaladas cronicamente
As doenças classificadas como DPOC são asma, bronquite crônica e efisema.
- Asma: Doença obstrutiva causada por alergia.
- Bronquite: Doença obstrutiva causada por inflamação. É crônica quando apresenta tosse persistente e produtiva (3 meses por 2 anos consecutivos), atividade mucociliar diminuída, hipersecreção brônquica, espessamento da parede brônquica.
- Efisema: Perda da capacidade elástica do bronquíolo. Pulmão tende a colabar. Ocorre destruição dos vasos que realizam a troca gasosa.
Porque o organismo desenvolve a bronquite crônica ou efisema? NÃO HÁ RESPOSTA
Trata-se de uma doença sistêmica, ou seja apesar de ser localizada no pulmão causa problemas em diversas partes do corpo. O indivíduo com DPOC é mais ansioso e depressivo (em função da falta de ar), tem a musculatura esquelética prejudicada (em função do sedentarismo), pode sofrer de insuficiência cardíaca e sofre perda de massa óssea.
Como o exercício pode ajudar o indivíduo com DPOC
O doente sente falta de ar, que gera inatividade e por conseqüência descondicionamento. Estando descondicionado o indivíduo faz mais força para respirar, que aumenta a ventilação, acarretando em mais falta de ar.
O exercício deve ser feito com o objetivo de fortalecer o indivíduo fazendo com que haja uma diminuição no esforço para respirar. Independente da idade a resposta ao exercício é positiva e quanto pior a condição física melhor a resposta!
É comum o doente com DPOC se negar a fazer exercícios alegando falta de condição e cansaço. Também é comum associarem qualquer desconforto à pratica do exercício fazendo com que desistam. Portanto apesar dos estudos mostrarem que na atividade intensa os resultados são melhores, a opção pela atividade moderada pode ser a garantia da adesão a condição ativa (mínimo 6 meses de exercício). O exercício tem função terapêutica para o doente com DPOC e deve ser feito para o resto da vida.
Apesar de não existirem dados que indiquem o aumento da sobrevida nos indivíduos com DPOC ativos, há um aumento significativo na sua qualidade de vida.
Otimo artigo!Apesar de não existir dados sobre metodologia,que indiquem exercícios de respiração para estes doentes.Tal como referem no artigo,o exercício tem uma função terapêutica,mas não só.Já que o exercício deve ser visto como prevenção destes problemas,fortalecendo o individuo,independentemente da sua idade e condição física.