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Qual jump é adequado para academia

Recebi no Fique Informa o comentário de um gestor de academia, sobre qual jump é adequado para academia, que pode ser uma dúvida de muitos gestores e com certeza problema recorrente em várias academias. Por isso decidi fazer um post com a resposta para atingir um numero maior de pessoas.

“Gerencio uma academia de ginástica e fico preocupada com as gordinhas querendo fazer aulas de jump para emagrecerem rapidamente. As molinhas quebram a todo momento, as lonas ficam fracas e onduladas. Gostaria de saber qual na verdade o peso ideal de uma pessoa para praticar este tipo de aula. Se é recomendado mais de uma vez na semana. E o tempo de vida desse material numa academia que tem dez aulas por semana. E o que falar pra uma “gordinha” que seria melhor diminuir primeiro o peso pra depois fazer as aulas, haja visto que existe a lei da física. O corpo quando cai seu peso duplica,sendo assim com um peso de 80 quilos ao descer na caminha seriam 160 quilos . Como fica isto?”

Vamos por partes…

Qual jump é adequado para academia

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Existem no mercado uma infinidade de marcas de jump. Saber qual o jump é adequado para a academia não étão difícil. Quando dava aula usei dois tipos, já presenciei várias vezes molas voando longe e isso tem relação com a qualidade do equipamento (com o peso corporal também, mas já explico!)

Assim como temos esteiras domésticas, temos jumps domésticos. Eles são menos resistentes, mais leves, às vezes com elásticos no lugar das molas e mais baratos também. Esse é o ponto crucial. Muitas academias querem economizar na hora da compra e adquirem um jump baratinho, precinho camarada, mas que não é adequado para uma demanda comercial.

A relação com o peso corporal é que os jumps de uso comercial são dimensionados para suportar mais peso do que os domésticos. Para ter uma ideia de quanto os modelos suportam a variação vai de 80Kg até 220kg. Convém que para academias seja adquido um equipamento com 36 molas, arco de reforço e que suporte mais do que 190Kg.

O raciocínio da gerente da academia está quase correto. Mas não é a força da gravidade que deve ser considerada porque a pessoa que vai usar o jump, não irá despencar sobre ele, mas sim, a força de reação do solo (FRS), popularmente conhecida como impacto, que é diretamente proporcional ao peso corporal.Considerando que estudos mostraram que a FRS na prática do Jump equivale ao da corrida então podemos pensar que cerca de 2,5 o peso corporal seja uma boa margem de segurança para usar o jump.

Temos então duas possibilidades:

  1. Se o  fabricante considera que o peso suportado pelo equipamento é com ele em uso. Então vale o que está escrito;
  2. Se o fabricante considera que o peso suportado pelo equipamento é estático. Então precisa dividir o que está escrito por 2,5.

Como já fiz essa pergunta e a resposta ficou no âmbito da achologia (eu acho que…), convém usar o segundo método para garantir. Lembrando que nem sempre a questão do peso envolve uma pessoa gorda, um homem alto e musculoso passa fácil do 80kg.

Outro questionamento é sobre a durabilidade do equipamento. Isso também tem relação com a qualidade dele, com a quantidade de aulas e com uma outra questão que poucas academias consideram. A conta não pode ser simplesmente o número de aulas semanais, pois geralmente a ocupação da sala é heterogênea, nem todas as aulas usam todos os jumps. Desta forma teremos jumps que serão mais usados do que outros e por consequência irão durar menos. Uma forma de minimizar o desgaste seria de tempos em tempos trocar a posição dos equipamentos, dando acesso mais fácil, aos que foram menos usados no período. (Por exemplo, passar os que ficam empilhados por baixo, para cima)

Proibição da aula para “gordinhas”

É muito complicado em uma academia proibir o uso de equipamentos e a participação nas aulas por parte das pessoas que estão acima do peso. Dependendo da forma como isso for feito pode causar até problemas jurídicos.

Se a corrida não é uma atividade adequada para quem está acima do peso, o jump também não será (lembra da FRS?), então mais do que pensar na saúde do seu equipamento, o que está em jogo aqui é a saúde do aluno.

A solução seria, além de ter equipamentos de qualidade, adequados para uso comercial, consientizar esses alunos dos riscos de lesão, ao realizar um exercício que não é adequado para a sua condição física. Essa orientação cabe ao Profissional de Educação Física, tendo como base uma avaliação física, e então fazendo a recomendação de atividades adequadas e o acompanhamento períodico da evolução do aluno.

É importante ressaltar que todos os profissionais da academia devem estar afinados e falar a mesma língua. Não adianta o professor da musculação explicar tudo para o aluno e a professora de ginástica convidar para fazer a aula. A palavra de ordem não é proibir, mas conscientizar. Todos sairão ganhando.

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