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Por que engordamos depois dos 50 anos?

Engordamos depois do 50 anos, isso é um fato comumente relatado pelas pessoas, que tem explicações científicas, mas que também pode ser contornado.

É comum justificar que engordamos depois dos 50 anos por conta da desaceleração do metabolismo, mas não é só isso que acontece. Existe um conjunto de fatores que acontecem nessa fase da vida e que contribuem para o ganho de gordura, como uma forma de proteger o nosso corpo.

O ser humano, com o corpo que temos hoje, é o resultado de um processo evolutivo em que ganhou aquele com maiores chances de sobreviver. E para sobreviver precisamos de energia, tudo no nosso corpo funciona para que possamos garantir que ele terá energia. E a gordura é a forma que temos para guardar uma fonte de energia no corpo.

Engordamos depois dos 50 anos porque nosso corpo foi feito para acumular e não para gastar.

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É com essa lógica que nosso corpo trabalha. Nossas células estão envelhecendo em um processo natural, a desaceleração do metabolismo ajuda a gastar menos energia. Se gastamos menos energia e continuamos ingerindo o mesmo, engordamos.

A solução parece simples, bastaria comer menos, mas aí tem uma pegadinha. Quando comemos menos, nosso corpo entende como privação e tende a economizar, armazenando em forma de gordura.

Outro ponto importante, a perda de massa magra, chamada de sarcopenia, que ocorre naturalmente conforme ficamos mais velhos contribui para o aumento da gordura corporal. A perda de massa magra significa perda de músculo, que significa diminuição da força. Tarefas que antes conseguíamos fazer com facilidade, tornam-se mais difíceis, ficamos menos ativos e/ou nos cansamos com mais facilidade. E isso facilita o ganho de gordura.

Junto com a perda de massa magra nossas articulações também começam a apresentar problemas, por desgaste de suas estruturas causando, muitas vezes, dor, o que também colabora para que nos movimentemos menos.

De forma simples é isso que acontece, mas existem outros mecanismos que também proporcionam o aumento da gordura corporal. Por exemplo dormimos menos, é comum que conforme envelhecemos o sono seja mais curto e que tenhamos episódios de insônia. Sabe-se que dormir pouco é um fator que contribui para o aumento de gordura.

Os efeitos da menopausa também ajudam a engordar depois dos 50 anos

Ao contrário do que as pessoas pensam a facilidade para engordar na menopausa não se dá pelas mudanças hormonais, mas pelos desconfortos causados por essas mudanças.

Um dos desconfortos é a insônia, e já expliquei como o sono pode impactar no ganho de peso. O stress que tem uma relação com a ansiedade que por sua vez pode promover a ingestão de alimentos mais ricos em calorias, alimentos que trazem a sensação de conforto.

Fazer exercícios é a solução para todas as perdas que acontecem após os 50 anos

Manter-se ativo fazendo exercícios é a ÚNICA forma de minimizar todas essas questões que estão relacionadas ao envelhecimento e que além de todas as perdas ajuda a engordar.

Ao fazer exercícios você estará contribuindo para a manutenção e até o ganho de massa magra, o que por sua vez facilitará a execução das tarefas diárias apenas pelo fato de termos força para isso.

O exercício, pelas substâncias que são liberadas, melhora a disposição, melhora a condição do sono, diminuindo ou acabando com os episódios de insônia. São também os exercícios que ajudarão na manutenção do bom funcionamento das articulações, principalmente se você fizer um trabalho de mobilidade específica.

Quais são os melhores exercícios após os 50 anos

Exercícios neuromusculares

Que também são chamados de exercícios de força ou de resistência. Entre eles estão a musculação, o pilates, a ginástica localizada e alguns exercícios usados no treinamento funcional.

Esses exercícios ajudam na manutenção da massa magra, no ganho de força e resistência muscular.

Exercícios de mobilidade

São todos aqueles que visam manter e melhorar a amplitude dos movimentos de forma controlada. São exercícios que utilizam técnicas específicas de treinamento que combinam força e flexibilidade.

Esses exercícios ajudam a diminuir e até acabar com as dores articulares. Melhoram a qualidade e o controle do movimento e previnem lesões.

Exercícios aeróbios
São exercícios contínuos, de longa duração e intensidade média, como as caminhadas, corridas, natação e ciclismo.
Esses exercícios melhoram a capacidade cardiorespiratória e ajudam na oxidação de gordura. Esse tipo de exercício contribui para a substituição das mitocôndrias (organela responsável pela respiração celular) desacelerando o processo de envelhecimento das células.

É a combinação desses exercícios que pode garantir um envelhecimento mais lento, com a perda mais gradual de funções, bem como o controle de diversas doenças crônicas degenerativas, diminuindo inclusive as chances de engordar depois dos 50 anos.



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