O acúmulo de gordura abdominal pode trazer mais riscos cardiovasculares que a obesidade, o que não descarta as preocupações com a doença. Conforme foi dito recentemente em palestra na LIDE Saúde o Dr. Alfredo Halpern , afirmou que a obesidade deve ser tratada como doença, que realizar atividade física ajuda muito, mas o regime alimentar é o principal fator para quem quer emagrecer. Além de pensar na obesidade é preciso ter em conta também o acúmulo da gordura na região abdominal.
O combate à gordura abdominal não é apenas uma questão de estética. O acúmulo de gordura abdominal pode estar associado ao risco de complicações cardiovasculares. Um estudo recente realizado no estado de Minnesota, nos Estados Unidos com 12,7 mil pessoas revela que ter gordura localizada na barriga é mais prejudicial à saúde do que ser considerado gordo ou estar acima do peso.
Mesmo que uma pessoa tenha um índice de massa corporal normal, ou seja, que esteja dentro do peso ideal, o risco de morrer por problemas do coração é quase três vezes maior se comparado aquelas que não têm gordura acumulada na cintura, mesmo que estejam obesas. O risco de morte por outras doenças, em geral, é duas vezes maior. Não basta mais estar dentro do peso para garantir a boa saúde, a distribuição da gordura no corpo também é importante.
Segundo o cardiologista Dr. Leopoldo Piegas, a obesidade abdominal tem chamado a atenção porque o tecido adiposo que se acumula no abdômen produz determinadas substâncias prejudiciais à saúde, principalmente ao coração. “A gordura mais prejudicial é a que se acumula no abdômen. Se a pessoa é obeso por inteiro e não tem tanta barriga, tem menos risco de sofrer com problemas cardiovasculares”, explica.
As principais causas do aparecimento da gordura abdominal são erros alimentares e o sedentarismo. Maus hábitos como consumir comida industrializada somada ao excesso de bebidas alcoólicas e refrigerantes, além da ausência de alguma atividade física podem piorar o problema.
“Medir a circunferência abdominal tem sido cada vez mais utilizado para alertar os pacientes sobre os riscos de saúde ocasionados pelo sobrepeso e a obesidade. A circunferência abdominal, acima de 80 cm para mulheres e 94 cm para homens, já caracteriza risco aumentado e cada centímetro a mais na cintura pode aumentar até 2% os riscos de problemas no coração”, acrescenta o cardiologista.
Manter uma alimentação balanceada e priorizar legumes, frutas e cereais é o primeiro passo para reduzir a gordura abdominal e evitar outros problemas de saúde. “É recomendável comer de forma fracionada respeitando as principais refeições. Além da alimentação, é importante praticar alguma atividade física. Para queimar gordura é necessário exercícios aeróbicos, como caminhada, bicicleta ou corrida, por exemplo,”, finaliza o cardiologista.