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Fazer exercício em jejum emagrece?

Hoje perguntaram a minha opinião sobre o exercício em jejum. Exercício em jejum emagrece? Tenho visto muitos comentários sobre o assunto, como se fosse a grande novidade do momento, no entanto a primeira vez que ouvi falar sobre o assunto foi em 2006 no XI Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos países de língua portuguesa, já se vai um tempinho.

Conforme a discussão apresentada naquela ocasião pelo Prof. Dr. José Augusto Rodrigues dos Santos, em certas condições indivíduos obesos ou com excesso de peso poderiam se exercitar em jejum. O argumento usado é que após a refeição há uma descarga de insulina que é um hormônio contra regulador da quebra da gordura. Embora a concentração de insulina seja suprimida durante o exercício, após uma refeição rica em carboidratos essa supressão não é conseguida.

Por outro lado muitos estudiosos argumentam que é preciso haver glicose para que ocorra a oxidação dos lipídeos, ou seja o jejum não favoreceria o emagrecimento.

O que posso dizer de tudo isso é que no final emagrecer continua sendo uma questão matemática. É preciso gastar mais calorias do que você ingere, a grande questão é como conseguir essa façanha, daí surgem inúmeras estratégias, que nem sempre conversam entre si!

Exercício em jejum

Antes de questionar se funciona ou não é preciso estar certo de uma coisa, fazer exercício em jejum não é para qualquer pessoa e envolve riscos. Observe que a recomendação feita no Congresso deixa claro que não é para todo mundo!

O risco é que a baixa concentração de glicose leve ao desmaio que além de ter consequências desagradáveis como se machucar seriamente (imagine desmaiar pedalando!), pode causar até danos neurológicos graves.

Aqueles que defendem o exercício em jejum preconizam que seja feito observando algumas características.

Tenho quatro observações para aqueles que optarem por experimentar se exercitar em jejum.

1- Evite fazer o exercício sozinho, tenha sempre alguém por perto.

2- Escolha uma atividade que exponha a riscos menores, como caminhar.

3- Intensidade se mede pela frequência cardíaca e não pela velocidade da esteira ou outro equipamento.

4- Dê preferência por um alimento com baixo índice glicêmico para evitar o efeito rebote e não volte a se exercitar.

Além disso não podemos esquecer que no exercício em jejum ocorre o catabolismo muscular, ainda que não seja grande e a queda no rendimento.

Munido de todas essa informações é hora de se perguntar se vale a pena fazer exercício e jejum. Cabe salientar que existem outras formas, mais seguras, confortáveis e até mais eficazes para emagrecer.

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