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Esclerose múltipla e exercício

Esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica que acomete o sistema nervoso central, geralmente em indivíduos jovens, na sua maioria entre 20 e 50 anos, provocando dificuldades motoras e sensoriais que comprometem muito a qualidade de vida.

É uma doença de origem desconhecida, provavelmente auto-imune, que causa lesão na bainha mielina, uma camada protetora que envolve o axônio (parte do neurônio) dificultando a condução de mensagens que controlam as atividades do organismo, conhecida por demielinização. No local dessa lesão é formada uma cicatriz, denominada esclerose.

A interferência na transmissão dos impulsos produz diversos sintomas que  tem relação direta com a região acometida uma vez que a mielina está presente em todo sistema nervoso central.

Pode ser difícil diagnosticar se a pessoa tem esclerose múltipla pois seus sintomas são semelhantes aos de outras doenças neurológica, apesar da realização de testes clínicos e laboratoriais. Os sintomas podem ser leves, moderados e intensos e surgem de maneira inesperada. A doença é caracterizada por surtos e remissões fazendo com que o paciente se recupere, do ponto de vista clínico, total ou parcialmente.

Sintomas

Não existe um padrão de sintomas. Eles variam de indivíduo para indivíduo, depende da área afetada e podem mudar ao longo do tempo. os mais comuns são:

Tratamento

Apesar de não ter cura, o tratamento tem por objetivo reduzir a inflamação e os surtos e ainda cuidar os sintomas como problemas urinários e fadiga.

São usados medicamentos a base de corticóides e neuroreabilitação.

Esclerose múltipla e exercício

Indivíduos com esclerose múltipla podem e devem fazer exercícios. Há diversos estudos que apontam os benefícios de exercícios na água, ergométrico e resistidos no tratamento da doença, mas a maior dificuldade é a elaboraçào de guias padronizados como os existentes para outras doenças uma vez que existe uma grande variação nos graus de incapacidade e nos sintomas. Contudo estudos apontam que pessoas com graus leve e moderado podem se benefiar de programas semelhantes aos indicados para a população saudável pelo ACSM (American College Sports and Medicine).

O primeiro passo antes de iniciar o programa é conhecer o quadro clínico do aluno, conversando com o médico e em seguida informar-se sobre o histórico de atividades física, dificuldades e preferências. Também é recomendada uma avaliação prévias das funções motoras.

Exercícios aquáticos

A flutuabilidade e a viscosidade tornam os exercícios na água mais prazerosos aumentando o equilíbrio e a flexibilidade. O maior cuidado a ser tomado é quanto à temperatura da água que deve ficar entre 27 e 29 graus C, lembramdo que temperaturas mais baixas aumentam o risco de espasticidade.

Exercícios aeróbios

Para pessoas com um minímo ou nenhum déficit motor pode ser incluída a caminhada e até a corrida.

Exercícios resistidos

Atenção especial ao tempo de recuperação.

Outras atividades

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