Empresário ou executivo, qual perfil combina mais com você? Eles estão no comando e desempenham funções fundamentais nos negócios nos quais atuam e, em sua grande maioria, chegam em um momento da carreira no qual questionam se sua vocação é ser empresário ou executivo.

São muitas as semelhanças que caracterizam suas atribuições, mas, na prática, existem grandes diferenças que devem ser consideradas na hora de se decidir por um destes papéis.

Renato Mendes, consultor de carreiras da plataforma de empregos Job1 explica que para ser um bom executivo é preciso ao menos três características fundamentais: “Um executivo precisa, em primeiro lugar, ser líder. É preciso saber liderar um time para obter bons resultados, manter as pessoas motivadas e criar um clima favorável no ambiente de trabalho. Ele também precisa de conhecimento técnico na sua área de atuação. Para cobrar resultados é preciso, antes de mais nada, compreender o trabalho que será solicitado. Por fim, um executivo precisa ser humilde. É fundamental manter-se próximo da equipe, ter empatia e se colocar no lugar de cada um, para que as pessoas se aproximem e sejam transparentes em suas colocações”, afirma.

Empresário ou Executivo?

Um empresário também precisa ser um bom líder, mas ao contrário do executivo, muitas vezes precisa dosar a proximidade com os envolvidos a fim de preservar a confidencialidade do negócio. André Galassi, especialista em gestão da Job1, explica que o empresário tem mais liberdade para decidir, investir, cortar, ampliar… Já o executivo é, antes de mais nada, funcionário e, por este motivo, tem menos poder de mudar uma situação que já foi decidida pelo dono do negócio. “Um empresário precisa ter perspicácia para gerir o negócio, ser arrojado, entender todo contexto de uma empresa e saber um pouco sobre todas as áreas. Ele não pode ter medo de correr riscos, mas precisa ter tranquilidade e segurança para tomar decisões e atitudes”, pondera.
Para quem tem dúvidas sobre qual caminho seguir, os especialistas listam as principais vantagens e desvantagens de cada um deles:

Empresário

Maior poder de decisão: Por ser dono da empresa, o empreendedor pode, a qualquer momento, mudar os rumos do negócio, de acordo com o entender ser mais adequado para seu crescimento e adequação ao mercado.

Autogestão do tempo: O empresário não precisa cumprir carga horária fixa, nem mesmo estar presente na empresa diariamente, por isso tem autonomia na gestão de seu tempo e pode adequar sua dedicação de acordo com as necessidades do negócio.

Risco de Investimentos e Independência financeira: Se por um lado o empresário assume os riscos de seus investimentos sem a segurança de um salário fixo, por outro, tem a possibilidade de alcançar a independência financeira que pode ir muito além do que um salário de executivo poderia pagar.

Executivo

Desenvolvimento técnico e comportamental: Um executivo costuma ser constantemente treinado por sua empresa e, por estar em contato direto com sua equipe, desenvolve e aprimora, constantemente, competências técnicas. A proximidade com os colaboradores também aprimora o desenvolvimento comportamental do executivo ao encontrar novos caminhos e ferramentas para gerir seu time.

Menor autonomia: Por não ser o dono do negócio, a autonomia na tomada de decisões do executivo é limitada pelas políticas adotadas pela empresa. Ele também precisa se adequar à missão e aos valores de quem o emprega.

Estabilidade financeira: Um executivo tem a segurança de um salário fixo e está menos exposto que o empresário às variações financeiras do negócio.

renato mendesRenato Mendes é consultor de carreiras da plataforma de empregos Job1. Graduado em psicologia e administração de empresas, pós-graduado em Liderança e Gestão de pessoas pela FGV, tem ampla experiência nas áreas de Treinamento & Desenvolvimento, Headhunting, Executive Coaching, Projetos Especiais e Terceirização de pessoal, Recrutamento e Seleção de Pessoal.

 

Andre GalassiAndré Galassi é especialista em gestão da plataforma de empregos Job1, especialista em Marketing e Gestão pela Universidade de São Paulo (USP) e Comércio Exterior pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Implementou e comandou o departamento de inovação comercial do grupo JBS e BERTIN; atuou como diretor de compras do grupo Socopa na França e Egatesa na Espanha; dos setores de negócios e biotecnologia do grupo Perez Companc e da AG2 consultoria em desenvolvimento de empresas e agro indústrias.

Publicado em: 30 de setembro de 2015