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Como o exercício físico pode ajudar a combater a compulsão por doces

A compulsão por doces é uma doença que afeta principalmente mulheres jovens e adultas, apesar de acometer uma parcela significativa da população, ainda é pouco estudada. É preciso entender que não basta ter uma vontade enorme de comer doces para o comportamento ser considerado patológico, existem características bastante específicas. Seu tratamento envolve uma equipe multidisciplinar e o exercício pode ser usado para combatê-la.

Comportamento compulsivo

São hábitos aprendidos, seguidos por alguma gratificação emocional, normalmente um alívio de ansiedade e/ou angústia. Ele se caracteriza por ser repetitivo e por se apresentar de forma freqüente e excessiva. Apesar do comportamento compulsivo gerar um alívio imediato, ele não trás prazer.

Compulsão por doces

A compulsão por doces é uma das variações do Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP), você pode ler mais sobre esse transtorno que engloba a compulsão por qualquer tipo de alimento, sem tentativas de perda de peso como ocorre com o bulímico nervoso, clicando aqui.

Especialistas em nutrição baseados em estudos e entrevistas feitas com mulheres concluíram que a compulsão por doces está ligado à problemas psíquicos e orgânicos.

Sintomas

Causas

Uma das causas estudadas está relacionada ao desequilíbrio na produção da Serotonina, um neurotransmissor relacionado ao sistema de alerta do cérebro, com efeitos sobre o apetite.

A glicose carrega para o cérebro o triptofano, uma substância precursora da serotonina. A redução desse neurotransmissor causa mal humor e ansiedade e com isso a necessidade de obter algum tipo de compensação. Neste caso por doce.

O doce também é usado como forma de compensação durante nossa vida: o leite adoçado da mamadeira, o doce dado à criança, o bombom recebido do namorado. Ele adquire um significado afetivo na maioria das famílias, na falta do afeto busca-se o doce como forma de compensá-lo.

Vontade é diferente de compulsão

É importante observar que podem ocorrer episódios isolados que levem à ingestão descontrolada de doces, mas por não ocorrerem com frequência não podem ser considerados comportamento compulsivo. Neste caso a diminuição da serotonina também pode ser responsável.

Um bom exemplo são as alterações hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual e que pode afetar a ação de neurotransmissores como a serotonina. Sabe-se que o chocolate também ajuda no aumento na produção desse neurotransmissor o que pode explicar o desejo específico por esse tipo de doce, em alguns casos.

Exercício no combate à compulsão por doces

Durante a prática de exercícios físicos o cérebro produz serotonina, o que leva à sensação de bem estar. Aumentando a concentração da serotonina seu organismo vai pedir menos doce, o que pode ajudar no controle da compulsão.

O exercício sozinho pode não ser suficiente para resolver o problema, nesse caso é preciso buscar ajuda do psiquiatra, do psicólogo e do nutricionista, para que seja feito um tratamento adequado.

Esse post foi escrito a partir da sugestão dada por minha colega e leitora Carla Dantas.

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