A cirurgia do estômago (cirurgia bariátrica) é indicada apenas para obesos cujo tratamento com medicamentos, de mudança comportamental (reeducação alimentar e atividade física), não tiveram resultados e o IMC, cujo o cálculo foi postado recentemente, estiver acima de 40.
Respondendo à pergunta do título: A cirurgia NÃO é a única saída para o obeso. Existem muitas pessoas que estão muito acima do peso, consideradas obesas (grau I, grau II) e que decidem engordar ainda mais para serem indicadas para a cirurgia. A reportagem feita pelo Diário de Cuiabá apresenta diversos casos. A questão também foi abordada, em entrevista, pelo Presidente da ABESO (Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Sindrome Metabólica) – da qual sou membro – Dr. Márcio Mancini, que alerta para os riscos de uma intervenção cirúrgica desnecessária.
Os riscos do aumento excessivo de peso são muitos. Obesidade mata pelas doenças que estão associadas à ela (diabetes, hipertensão, dislipidemias, problemas osteoarticulares). Enquanto muitas pessoas pensam pelo lado estético, esquecem da própria saúde. Além disso as coisas não são tão simples assim conforme matéria (veja o vídeo) exibida no Jornal Hoje de 22/03/2008 a fila de espera é de pelo menos 2 anos. O Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica alerta sobre os risco de morte durante esse tempo de espera.
A cirurgia bariátrica é a última saída. E deve ser encarada como tal. Na primeira parte dos posts sobre obesidade eu dou a dica: busque ajuda de uma equipe multidisciplinar. A saída mais fácil não é a melhor, nem a mais segura e tão pouco a mais saudável. Tratarei destas questões em outra oportunidade. Continue acompanhando!
