Artrose é uma das mais comuns doenças reumáticas. Ela é também conhecida como osteoartrose, osteoartrite, artrite degenerativa e doença articular degenerativa. Acomete homens e mulheres e é mais frequente conforme a idade avança. Incide principalmente nas articulações dos joelhos, coluna, quadril, mãos e dedos. Seu aparecimento pode ter como causa fatores hereditários e fatores mecânicos.
Articulações afetadas:
Mãos – Artrose nas mãos parece ter algumas características hereditárias. Se a sua mãe ou avó teve artrose nas mãos, você sofre um risco maior de ter também. Mulheres têm maior probabilidade de desenvolver artrose nas mãos, sendo que a maioria dos casos acontece depois da menopausa. Quando a artrose desenvolve-se nas mãos, pequenas saliências ósseas podem aparecer nas extremidades das articulações dos dedos (aquelas perto das unhas). Saliências ósseas similares podem aparecer nas articulações médias dos dedos. Os dedos podem ficar inchados, doloridos, duros e entorpecidos. A base da articulação do polegar também é comumente afetada pela artrose.
Joelhos – As articulações dos joelhos estão entre as mais comumente afetadas pela artrose. Sintomas de artrose no joelho incluem rigidez, inchaço e dor, que tornam difícil andar, subir escada, sentar e levantar de cadeiras e banheiras. Artrose nos joelhos pode ser desabilitante.
Quadril – Outro local comum de artrose é o quadril. Assim como a artrose nos joelhos, os sintomas da no quadril incluem dor e rigidez na própria articulação. Porém, em algum casos, a dor é sentida nas nádegas, virilha, coxas e até nos joelhos. Artrose no quadril pode limitar a movimentação, tornando atividades cotidianas, como vestir-se e colocar um sapato, um desafio.
Coluna – Artrose na coluna pode aparecer como rigidez e dor no pescoço ou região lombar. Em alguns casos, alterações na coluna relacionadas à artrose podem causar pressão nos nervos, resultando em fraqueza ou entorpecimento dos braços ou pernas.
Sintomas
Pode não apresentar sintomas no início, sendo vista apenas por radiografias ou em ressonância magnética.
- Dor com a movimentação da articulação
- Dor articular em repouso
- Rigidez pela manhã ou após longo período de repouso
- Limitação de movimentos
- Crepitação
- Inchaço
- Deformidades
- Falta de firmeza na realização de movimentos
Tratamento
Não existe tratamento que cure ou faça regredir um quadro de artrose, mas é possível diminuir a dor e a rigidez das articulações, bem como melhorar os movimentos e a capacidade geral do indivíduo, proporcionando uma melhor qualidade de vida.
Medicamentos: Antinflamatórios e medicamentos à base de glicosamimina e condroitina podem ser usados, sempre sob prescrição e orientação médica.
Cirurgia: Será sempre a última opção. A decisão de utilizar a cirurgia depende de vários fatores: idade do paciente, ocupação, nível de desabilitação causado pela artrose, intensidade da dor, e grau com que a doença afeta o estilo de vida. O cirurgião pode substituir as articulações afetadas por próteses.
Fisioterapia: Calor e frio, TEENS, massagem, com o objetivo de aliviar a dor
Exercício
Um programa de exercício é fundamental no tratamento da artrose. Com eles é possível melhorar a dor e a rigidez. São recomendados:
- Exercícios que simulem AVD (atividade de vida diária), por exemplo a dança, pois ajudam a manter a movimentação normal das articulações e aliviar a rigidez. Esse tipo de exercício ajuda a manter ou elevar a flexibilidade.
- Exercícios de força, por exemplo musculação, ajudam a manter ou aumentar a força muscular. Músculos fortes ajudar a dar apoio e proteger as articulações afetadas pela artrite.
- Exercícios aeróbicos ou de resistência, por exemplo andar de bicicleta, elevam o condicionamento cardiovascular, auxiliam no controle de peso e melhoram as funções gerais. O controle de peso pode ser importante para pessoas que têm artrite devido à pressão a mais do peso extra em várias articulações. Alguns estudos mostram que o exercício aeróbico pode reduzir a inflamação em algumas articulações.
- Exercícios realizados na água, por serem mais seguros e confortáveis.
Dicas
- Os exercícios devem ser feitos evitando a dor.
- Comece lentamente e com poucas repetições. Aumente a carga, progressivamente, até conseguir seguir todo o programa.
- Não desista! A continuidade é fundamental para os exercícios produzirem resultados;
- As aulas devem ser contínuas e de baixa intensidade;
- Exercícios de longa duração e grande intensidade devem ser evitados durante a crise (inflamação);
- O aquecimento deve ser maior do que o convencional.
- As aulas devem se modificar em intensidade e duração, de acordo com as respostas dos alunos, com relação: a medicação usada, nível de dor e alterações da doença.
- Os exercícios usados deve levar em consideração a localização e o grau de acometimento da artrose.