Hoje, inicio uma série de posts que vão esclarecer dúvidas sobre a obesidade e o emagrecimento.
Obesidade é uma doença crônica classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como epidêmica. Pela primeira vez na história da humanidade o número de obesos ultrapassou o de desnutridos! No Brasil cerca de 40% da população tem excesso de peso. O gráfico abaixo é antigo mas ilustra como o perfil populacional mudou entre 1974 e 1989.
A obesidade vai muito além das questões estéticas, o excesso de gordura acarreta diversos males à saúde tais como problemas coronarianos, dislipidemias, diabetes, hipertensão, síndrome metabólica.
Porque tenho excesso de peso?
A obesidade tem uma etiologia multifatorial, ou seja não existe obeso por um único motivo, muitas funções do metabolismo são alteradas. Por exemplo, o peso ao nascer, pode ser um fator determinante, pois do nascimento à idade adulta ( 21 anos) as células se multiplicam cerca de 10x, se você tinha 5 bilhões de células adiposas no nascimento aos 21 anos terá 50 bilhões…se tiver 8 bilhões…
Fatores como meio-ambiente, que refletem seu estilo de vida, tais como alimentação e sedentarismo. Fatores sócio-econômicos que podem refletir na dieta e também psicológicos, como stress e relações familiares. Podem ser determinantes da obesidade.
Algumas épocas da vida são facilitadoras para o acúmulo de gordura, portanto merecem atenção especial:
- até o segundo ano de vida,
- na adolescência,
- na gestação,
- na lactação,
- na terceira idade
Classificação
A obesidade pode ser classificada quanto:
- Origem: endógena (genética) ou exógena (estilo de vida)
- Morfologia: hiperplásica (células aumentam em quantidade) e hipertrófica (células aumentam em tamanho)
- Distribuição: central (gordura acumulada nas víceras), periférica (gordura subcutânea)
É importante investigar qual tipo de obeso você é, para garantir um tratamento adequado. O obeso endógeno, nunca será magrinho, pois tem um determinante genético que não permitirá. É claro que conseguira emagrecer e manter níveis saudáveis de gordura, mas pode ser que não alcance o padrão estético desejado. Aquele que tem uma distribuição central de gordura terá mais facilidade para eliminá-la, mas tem um risco maior de complicações vasculares. A hiperplásica é mais difícil de controlar uma vez que há o aumento na quantidade de células.
Quem trata o obeso?
O ideal é que seja tratado por uma equipe multidisciplinar uma vez que observamos ser afetada por diversos fatores. É IMPOSSÍVEL que um mesmo profissional detenha todo conhecimento necessário para tratar o obeso!
São necessários
- Médico endocrinologista
- Nutricionista
- Psicólogo
- Profissional de Educação Física
Podem ser necessários
- Médico – Endocrinologista, Cirurgião Gástrico
- Terapeuta ocupacional
- Fisioterapeuta
- Outros profissionais dependendo das características do indivíduo: médico cardiologista, psiquiatra, fisiatra.
É importante que a equipe de profissionais esteja em sintonia, fale a mesma língua. Se você recebe informações diferentes sobre um mesmo aspecto dos profissionais que estão cuidando da sua saúde, certifique-se que estão em contato e conversam sobre seu caso ou então busque outros profissionais.
Nos próximos posts trarei informações para você poder identificar se é obeso, como deve ser avaliado e sobre os tipos de tratamento.
Leia também:
De vez em quando dou início a um regime para perder uns kilinhos a mais. Em pouco tempo esqueço e volto a me alimentar incorretamente.
Não é facil, mais a gente vai tentando. Tudo pela saúde.
dois depoimentos sobre obesidade
http://br.youtube.com/watch?v=oKJX8wIKys8
http://br.youtube.com/watch?v=u4_o0qwxYyY
Realmente além de ser contagiosa é uma das doenças mais graves, haja vista as complicaçções advindas da mesma.
Estou fazendo um estudo sobre obesidade e pretendo escrever sobre a obesidade e a discriminação, pq o obeso não tem lugar na sociedade.
Respondendo para a Shyrley…
Oi Shyrley!
Acho que você quis dizer “epidêmica”. Ótima idéia escrever sobre a discriminação! Se precisar de ajuda estou à disposição.
Um abraço
Profª Esp. Denise Carceroni