Embora eu não possa entender os motivos que te deixam insatisfeita com seu corpo, pois são seus motivos, entendo essa sensação de insatisfação. E é sobre isso e sobre como podemos mudar essa sensação que vou tratar nesse texto.
Muitas pessoas, incluindo aí os especialistas vão dizer que essa insatisfação com o corpo é fruto do bombardeio diário que sofremos por meio das mídias, principalmente por meio das redes sociais, que nos mostram corpos que retratam um ideal de beleza. Ocorre que quem alimenta esse ideal de beleza somos nós.
Somos nós que alimentamos a indústria da dieta, a indústria da beleza e isso acaba virando um “efeito Tostines” quanto mais insatisfeitos nos mostramos com nosso corpo, mais “soluções” para nossas dores essas industrias trazem nos mostrando uma perfeição que só existe nas nossas mentes, gerando mais insatisfação. Quanto mais inadequados nos vemos, mais fomentamos essa indústria.
Não estou dizendo que você não pode querer mudar alguma coisa no seu corpo, que tenha algo de errado em cuidar do corpo. Pelo contrário, o corpo é a nossa ferramenta de comunicação com o mundo e sendo assim precisa estar em pleno funcionamento para servir ao nosso propósito. Então como lidar com a insatisfação com corpo?
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Insatisfeita com seu corpo, como mudar essa sensação?
Como falei lá no início do texto, eu entendo a sensação de insatisfação com o corpo, ela está diretamente relacionada com os significados que você dá para o seu corpo e esses significados foram construídos por décadas (e para quem acredita em vidas passadas, podemos andar ainda mais para trás). Por isso posso entender a sensação de estar insatisfeita com seu corpo, embora não possa entender os seus motivos, pois precisaria passar por tudo o que você passou até a construção dos significados que você dá para isso.
A mudança dessa sensação só pode acontecer pela mudança de mentalidade. Para mudar essa sensação de insatisfação com o corpo precisamos abrir mão dos significados que damos para o corpo, precisamos ressignificar o corpo. E fica a pergunta o quão disposta você está, para abrir mão dos significados que dá para ele?
O emagrecimento e a insatisfação com o corpo
Vivemos uma epidemia de obesidade no mundo. No Brasil, um em cada quatro adultos está obeso, conforme números de 2019. A obesidade mata. Excesso de peso e obesidade causam 168 mil mortes por ano no Brasil. Todas essas informações são suficientes para entender qual a necessidade de se combater a obesidade, mas são essas mesmas informações que alimentam a indústria do emagrecimento que falei no início do texto.
São essas mesma informações que, em certa medida, contribuem para as estatísticas a seguir. Uma pesquisa feita no ambulatório de Ginecologia do HC, com meninas entre 10 e 20 anos aponta que 75% das jovens ouvidas “pulam” refeições, 67% não gostam do corpo e 37% sentem vergonha do físico. Uma outra pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (USP) mostra que sete em cada dez mulheres estão insatisfeitas com o próprio peso.
A questão toda gira em torno de significados que são dados para a necessidade de emagrecer. O corpo gordo é visto como um corpo feio. Já viu gordo galã de novela? O gordo é associado à uma pessoa que não se cuida, pouco higiênica. Ocorre que a questão acerca da obesidade não tem relação com um corpo gordo, mas com um corpo que não tem saúde.
Um corpo gordo não é sinônimo de sedentarismo, um corpo gordo não é sinônimo de um corpo sujo. Da mesma forma que um corpo magro, um corpo forte, não significam um corpo saudável!
A indústria do emagrecimento, da magreza, do corpo perfeito, fomenta um mercado que pode levar muitas pessoas a desenvolver distúrbios relacionados à imagem. Pessoas que se olham no espelho e se veem gordas quando não são. Fracas quando não são. E acabam desenvolvendo transtornos alimentares como anorexia, bulimia, orthorexia e vigorexia.
Uma indústria que lucra muito com a venda de chás milagrosos, dietas restritivas, cremes transformadores, suplementos e vitaminas que seu corpo não precisa. Uma indústria que aproveita da visibilidade e alcance de influenciadores digitais para vender a ilusão de que um corpo dentro de um determinado padrão é o belo e o saudável.
Estão mentindo pra você, e você está se permitindo acreditar!
A mudança da mentalidade
Mudar a mentalidade, a forma de pensar sobre algo é simples. Depende apenas de uma tomada de decisão. No entanto não é fácil, e geralmente não se consegue sozinho. A mudança de mentalidade passa sempre pela ajuda de alguém que possa te apoiar e te servir de seta indicativa de um novo rumo. Dependendo da situação um profissional que possa te orientar adequadamente.
Se olhe no espelho. O que você vê?
Tem algo que te incomode, que te traga insatisfação?
Tem algo que você mudaria no seu corpo? Por que mudaria?
Você acredita que se mudasse alguma coisa, qualquer coisa, no seu corpo, seria mais feliz?
Então preciso te contar uma coisa. Você é livre para fazer qualquer mudança. Você é livre inclusive para mudar o que você pensa sobre si. E qualquer mudança que você pretenda fazer no seu corpo cuja meta seja a felicidade, não vai te satisfazer, pois a felicidade não reside na formato do seu corpo.
Preciso te contar também que você não está sozinha nessa jornada e que eu estou aqui, disponível, para te ajudar, clique aqui para saber como.