Será mesmo que os esportes radicais representam um novo segmento de mercado? Eu diria que não, mas que com certeza é pouco explorado pelas academias e pelos profissionais de educação física de uma maneira geral.
Esportes radicais, de aventura, extremos ou de ação, não importa aqui a denominação que lhes é dada, pois ainda se discute muito sobre a terminologia mais adequada do ponto de vista acadêmico, são caracterizados por um ponto comum: o risco desejado.
Sendo assim temos diversas modalidades que se encaixam aqui:
ESPORTES RADICAIS
AÇÃO
AVENTURA
AQUÁTICOS
Surf, windsurf, kitesurf
Mergulho (livre e autônomo), canoagem (rafting, caiaque, aqua ride, canyoning)
AÉREOS
Base jump, Sky surf
Paraquedismo, balonismo, vôo livre
TERRESTRES
Bungee Jump
Montanhismo (escalada em rocha, escalada em gelo, técnicas verticais, tirolesa, rapel, arvorismo) Mountain Bike (down hill, cross country), Trekking
MISTAS
Corrida de Aventura
URBANAS
Escalada indoor, skate, patins roller, Bike (trial, bmx), parkour;
Esportes radicais não são um novo segmento de mercado
A primeira academia dedicada exclusivamente à prática da Escalada Esportiva em São Paulo, a 90 Graus, foi inaugurada em 1994 e em 1998 o abriram as portas da maior da America Latina, a Casa de Pedra. Academias como Bio Ritmo e Fórmula (atual Body Tech), também oferecem essa modalidade há mais de uma década.
A Cia Athlética e o Bio Ritmo oferecem aula de surf também desde a década de 1990. Aulas de mergulho são oferecidas por diversas academias, em São Paulo tivemos até uma academia especializada nessa modalidade o Projeto Acqua.
Falo de São Paulo, mas com certeza não encontraremos outros exemplos espalhados pelo país.
Esportes radicais são pouco explorados e representam uma boa oportunidade
Isso é a pura verdade, esportes radicais ainda são pouco explorados e representam uma boa oportunidade tanto para as academias quanto para os profissionais. Segundo os organizadores da Adventure Sports Fair, a maior feira do setor, o mercado de aventura cresce cerca do 20% ao ano.
Há anos comento sobre o assunto nas palestra em que trato sobre mercado de trabalho. A primeira vez que abordei o tema foi em uma palestra sobre escalada esportiva ministrada na disciplina Educação Física na Adolescência na EEFEUSP, em 2002.
Também em 2002 aconteceu o primeiro curso destinado à profissionais de Educação Física que quisessem ministrar aulas de escalada para crianças. O curso foi realizado no Colégio Magno pelo, querido amigo, Prof. Dimitri Wuo Pereira, em 2003 eu assumi uma parte do curso e comecei a trabalhar como Dimitri em escolas Paulistanas. Logo faculdades de Educação Física passaram a oferecer a disciplina esportes de aventura, outros cursos de extensão foram surgindo e hoje temos até uma Pós-Graduação Lato Sensu, oferecida pela UniFMU.
As possibilidades são inúmeras e sem dúvida você terá que optar em qual delas investir. Qualquer que seja a opção é essencial que o profissional que for ministrar as aulas tenha um bom conhecimento prático sobre a modalidade, principalmente sobre as questões que envolvem a segurança do praticante.
O que considerar para escolher com qual modalidade de esporte radical irá trabalhar
Publico alvo;
Conhecimento técnico;
Afinidade;
Logística;
Disponibilidade de espaço;
Equipamentos necessários.
Por exemplo, para ministrar aulas de surf em uma cidade como São Paulo é preciso pensar em alguma forma de levar os alunos para a praia com frequência. O mesmo ocorre com o mergulho. Na escalada indoor, saídas para a rocha também são interessantes, mas se não ocorrerem, não compromete a prática.
Terapeuta Integrativa | Reiki (3A) e Karuna-ki, Cromoterapia, Imposição de mãos, Meditação.Bacharel em Educação Física pela USP, especializada em Atividade Física Adaptada e Saúde pela UniFMU. CREF 027828-G/SPCertificação Internacional PHI Pilates e Selo Gold Método InMove de Mobilidade Específica.Atuou como professora em Academias e Personal Trainer na Grande São Paulo por mais de 10 anos. Produtora de conteúdo do Fique Informa e colunista em diversos sites e revistas. Sócia da Interconectada Comunicação.
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