A obesidade é considerada pela OMS (organização Mundial da Saúde) como uma doença crônica e multifatorial, é tratada como epidemia, pois afeta uma enorme quantidade de pessoas no mundo todo.
A mudança nos hábitos de vida são o principal aliado na prevenção e no tratamento da obesidade, essa mudança se refere principalmente aos hábitos alimentares e níveis de atividade física. Uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios precisam fazer parte da rotina das pessoas para que consigam manter o peso dentro de níveis considerados saudáveis.
O aumento do peso é um problema que vai além das questões estéticas, pois influencia o aparecimento de inúmeros problemas de saúde. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, fez uma lista de 10 coisas sobre obesidade que não podem ser ignoradas.
10 coisas sobre obesidade que precisa saber
- A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal e pode acarretar graves problemas de saúde e levar até à morte. O Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas consideradas obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões, o dobro de há três décadas.
- Em muitos casos, a obesidade é diagnosticada através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Ele é feito da seguinte forma: divide-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. De acordo com o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o resultado fica entre 18,5 e 24,9, o peso é considerado normal. Entre 25,0 e 29,9, sobrepeso, e acima deste valor, a pessoa é considerada obesa.
- Existem três tipos de definições quando uma pessoa está acima do peso. O sobrepeso é quando há mais gordura no corpo do que o ideal para uma vida saudável. A obesidade se dá quando o acúmulo de gordura é muito acima do normal, podendo gerar até problemas graves de saúde. A obesidade mórbida é quando o valor do IMC ultrapassa 40. Nesse caso, médicos podem recomendar até cirurgias como tentativa de reverter a situação.
- A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, além de problemas físicos como artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço, refluxo esofágico, tumores de intestino e de vesícula.
- A obesidade pode, também, mexer com fatores psicológicos, acarretando diminuição da autoestima e depressão.
- São muitas as causas da obesidade. O excesso de peso pode estar ligado ao patrimônio genético da pessoa, a maus hábitos alimentares ou, por exemplo, a disfunções endócrinas. Por isso, na hora de pensar em emagrecer, procure um especialista.
- Para o diagnóstico de obesidade, médicos podem usar fatores de risco e outras doenças para terem a noção da gravidade da situação do paciente. Por exemplo, apnéia do sono, diabetes mellitus tipo 2 e arteriosclerose são doenças que indicam a necessidade urgente de tratamento clínico da obesidade.
- Segundo consta na Lei 11721, assinada em junho de 2008, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 11 de outubro é Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A data havia sido criada, há cerca de dez anos, pela Federação Latino-Americana de Obesidade, porém reconhecida, em 1999, pelo Governo Federal e instituída no Brasil, na época, com o nome de Dia Nacional de Combate à Obesidade.
- A prevenção contra a obesidade passa pela conscientização da importância da atividade física e da alimentação adequada. O estilo de vida sedentário, as refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de alimentos com fritura e açúcar se refletem no aumento de pessoas obesas, em todas as faixas etárias, inclusive crianças.
- Está comprovado que relacionamentos sociais e romances são menos frequentes entre obesos, já que eles saem menos de casa devido a diminuição da autoestima. Agora, uma vez existindo o relacionamento, a obesidade pode interferir no relacionamento sexual. Ela está relacionada à redução da testosterona, o que pode levar a redução de libido e a problemas de ereção nos homens. Já nas mulheres, existe uma redução dos níveis de hormônio feminino e aumento no nível dos masculinizantes. As mulheres têm aumento de pêlos, irregularidade menstrual e falha na ovulação. As chances de todos esses problemas se resolverem, com uma perda de peso na ordem de 10%, são bem grandes.